BARATA
Estava acostumado a que lhe chamassem de várias maneiras, José Barata, ou Zé, Zeca, Zezinho, por aí vai, ou mesmo Josef Barata Azulay, sobrenome que usava desde que tinha sido adotado por seu pai Saul Azulay. Agora no voo para o Brasil, sem querer foi se lembrando da sua infância, era um garoto esperto, descia com sua mãe, para a feira ali na rua Ronald de Carvalho, que ia da Praça do Lido, até a Barata Ribeiro, quando aprendeu a ler, perguntou para a mãe, se o tal Barata Ribeiro era seu pai, ela lhe deu um sorriso triste, dizendo que não. Viviam no morro, na favela Chapéu Mangueira, que ficava por detrás do Leme, ali ela tinha uma horta, aonde plantava ervas medicinais, nunca saberia como ela sabia das coisas,...