Entradas

Mostrando entradas de marzo, 2025

UNSEEN

                     Voltava correndo para Los Angeles, menos mal que já tinha feito seu trabalho na última escavação, chegava ao fim da temporada. Ruiz, como chamava sempre Diego, tinha conseguido lhe contactar, o que nem sempre era fácil, chamou a Embaixada no Cairo, explicou a situação, mandaram uma pessoa falar comigo. Na hora fiquei parado, meu avô era uma pessoa muito importante na minha vida, afinal tinha me criado, dirigiu minha vida a um porto que ninguém podia imaginar. Tinha sido um ator respeitado, para não dizer famoso em sua época, sempre manteve dois lados, de um se chamava Robert Vaughn, de outro seu verdadeiro nome Joseph Isaac, filho de um emigrante judeu, vindo da Polonia. Era um garoto quando chegou a NYC, mas era diferente dos irmãos, todos loiros de olhos azuis, ele tinha saído a mãe, cabelos castanhos escuros, olhos verdes quase marrons, alto demais, segundo ele, na sua juventude foi desengonçado, ...

TEMPO

                                                Realmente o tempo tinha passado, mas ele nunca tinha esquecido de nada, de um lado, tinha se saído bem, mas quando pensava na base, as vezes tinha vontade de gritar, filho da puta. Tinha uns doze anos, vivia já a algum tempo num orfanato, durante os últimos anos, tinha vivido nas ruas com sua mãe, de uma mulher bonita, tinha virado um lixo. Quando morreu de overdose, de um certo ponto analisaria mais tarde, foi como um alivio, pois a maior parte do tempo tinha medo. O levaram para o orfanato, rasparam sua cabeça, estava cheia de piolhos, aprendeu a tomar banho sozinho, ganhou uma cama para dormir, se pode dizer que adorou. Um dia apareceu um homem no orfanato, se apresentou a madre superiora, como um advoga...

ANTON D'GRACE

                                            Despertou por um momento, pensou, aonde estou, as vezes isso acontecia, de acordar na cama de outra pessoa, até preferia, assim, se levantava no sigilo, se vestia, ia embora, sem se despedir, sabendo que nunca mais ia ver ou se encontrava, quanto muito fazia uma inclinação de cabeça como dizendo “olá”, nada mais. Isso era sinal que nem se aproximasse, as vezes isso acontecia, as pessoas pensavam que ele inclinar a cabeça significava alguma coisa. Cortava logo o assunto, mentalmente pensava se tivesse que dar uma nota, qual seria pela noite de foda, a maioria nem passava do cinco. As vezes preferia o Bas-fond, alguém que nunca desconfiaria sequer quem ele era, quando lhe perguntavam o nome, inventava algum, pois dava igual. Na époc...