OTTO KOCH

 


 

Sempre tinha usado o sobrenome de sua mãe, Koch, embora quando começou a apresentar seus trabalhos, ligassem a ela, as pinturas eram diferentes, os dois podiam pintar o mesmo tema, mas no final as pessoas se espantava, os dois tinham uma visão completamente diferente.

Sua mãe tinha sido uma das pintoras inglesas com obras expostas por toda a Europa.

De uma certa maneira isso a tinha ajudado a criar os dois filhos, Max era o mais velho, tinha nascido com a diferença de 10 minutos do Otto.  Ele sabia que levava o nome de seu pai, embora na certidão de nascimento dos dois, não constasse o nome do pai.

Viviam em Londres, em 23 Stanley Cres, perto do mercado de Portobello Road, era uma casa imensa de esquina, sua mãe a tinha comprado de outro artista que ia embora para Paris, na época foi uma canga, já que ela era ainda uma artista emergente, tinha vendido bem em suas duas primeiras exposições.   Os dois eram pequenos, Max, estava sempre agarrado a um livro, ou qualquer coisa de historias em desenho.  Ele ao contrário, estava sempre com um pedaço de papel, deitado no chão, olhando sua mãe pintar.

Quando foram a escola, conheceram Henry, esse morava justo na esquina seguinte, ficaram amigos por toda a vida.  Faziam tudo juntos, seu pai era um advogado famoso, com um dos escritórios mais importantes da cidade, tinha herdado do seu pai, esperava deixar para o seu filho, além disso tudo era viúvo.  A baba do Henry ia busca-los para irem juntos a escola.

Isso para sua mãe era uma tranquilidade, pois esta quando pintava se esquecia do mundo, não era uma mulher de falar muito.

O pai do Henry, Mister Rob, anos depois seria apaixonado por sua mãe Martha, mas está dizia que só tinha amado um homem na vida, tinha vivido para ele, mas a verdade ele acabou descobrindo quando esta lhe pediu ajuda depois da morte do Max.

Max, morreu cedo, tinha como ele 17 anos, estava na universidade, adiantado ao seu tempo, estudava literatura, que tanta amava, voltava da Biblioteca, aonde estava pesquisando sobre um escritor, quando com a cabeça nas nuvens, como sempre, houve um atentado num ônibus.

Nunca despertou do coma profundo, viveu ainda mais de dois meses num hospital.

Para sua mãe foi um desespero, ela que sempre vivia dizendo, cuidado, muito cuidado, está cidade no momento é complicada.

Para ele foi um baque duro, mas tinha não só que apoiar sua mãe, mas também o Henry, ele sabia a muito tempo que os dois tinham um relacionamento.

Desde a muitos anos, Henry as vezes num final de semana, dormia na casa deles, era sempre no quarto do Max, o seu ele dizia que tinha cheiro de tinta demais.

O do Max era diferente do seu, as paredes estava cobertas de livros, além de pilhas deles em cima da mesa.  As vezes ele começava a discutir com o Henry sobre um livros que os dois tinham lido, parecia que iam sair na bofetada, pois os ânimos esquentavam.

Ele em contra partida, nada disso lhe interessava, tinha alguns livros de pintores nada mais.

Ao contrário dos dois que amavam o futebol, para ele isso depois da infância jogando bola, deixou de existir.   Gostava sim de escapar para os Museus, ficar admirando algum pintor em particular, depois tentava repetir as pinceladas do mesmo, dizia que todos tinham sua maneira de pintar, que usavam os pinceis com sentidos direções.

Quando Max morreu, ele tinha acabado de fazer sua primeira exposição.  Tinha sido lançado por uma galeria nova, do filho do dono, da que sua mãe expunha.

Ele guardava em gavetas, todos os desenhos que tinha feito desde criança, era seu máximo tesouro, as vezes dava uma olhada num trabalho, talvez muito infantil, se lembrava exatamente o que queria transmitir com ele.      Podia tirar vários quadros, agora de outra maneira.

Mas o que passou a coroar a salão íntimo, como dizia sua mãe, aonde se reunião de noite, era uma retrato dele com o Max.   Era interessante, os dois eram iguais, mas se diferenciavam em mil coisas.   Principalmente na cara.  Max fazia tudo para ter os cabelos negros, arrumados, usava brilhantina, para os deixar lisos, os dele ao contrário, pareciam sempre de uma pessoa que tinha saído de um vendaval, espetados para todos os lados, tinha sido assim desde criança.

Max se vestia bem, sempre muito sério, ele ao contrário, usava roupas loucas que encontrava no mercado de Portobello Road.

Os dois ao contrário dos outros garotos, a cada mesada que recebiam, corriam lá nos dias de mercado, para comprar alguma coisa.  Claro que Max, eram livros antigos, seu tesouro como ele dizia.  Já ele algum material novo, alguma roupa completamente louca, ou alguma pequena obra de arte.

Um dia comprou de uma mulher, uma pequena estatua, que ele considerou moderna, sua mãe quando viu, levantou a mesma, olhou por baixo, tinha uma letra O, gravada a bisel.  Sua cara se desencaixou completamente, perguntou aonde tinha conseguido isso.

O arrastou ao mercado, a mulher quando a viu de longe com seus cabelos vermelhos balançando ao vento, saiu correndo, sua mãe atrás, a trouxe, arrastada até sua banca, fez colocar tudo numa caixa, sem pagar nada foram para casa, essa caixa ele só veria depois de sua morte, nunca mostrou nada para eles, ao mesmo tempo a que ele tinha comprado, guardou junto.

Quando Max, morreu, ele pensou que ela ia morrer de tristeza, ele tinha que engolir sua própria dor, para cuidar dela, bem como animar o Henry.

Seu pai um dia veio falar com ele, estava saindo para fazer uma aula de escultura na universidade.   O Velho o parou na esquina, perguntou o que estava acontecendo com seu filho, que estava sempre pelos cantos, com algum livro na mão chorando.

Os dois se amavam, tinham um relacionamento, depois que falou, pensou, merda, falei o que não devia.      Por isso, cuido dele, tento o arrastar para sair, fazer caminhadas, o deixo falar tudo que queira.

O velho passou a ir junto, nas primeiras vezes Henry não dizia nada, mas acabou se soltando com o velho.  Esse só disse uma coisa, eu quando perdi tua mãe, pensei que o mundo tinha acabado, mas veja, depois me apaixonei pela Martha, embora ela nunca quis nada comigo.

Agora o ajudava, arrastando sua mãe com eles, saiam para comer.

Quando ela teve o primeiro enfarte, estava trabalhando, ficou parada, sentou-se o chamou, apontou para o coração.   A ambulância chegou em seguida, depois se recuperou, só ficou com um pequeno problema, falava muito devagar, os lugares com muito ruido a incomodavam.

Uma vez o pai do Henry veio busca-la, viu que ela saia com uma bolsa grande, passou o dia inteiro fora.   Foi quando se lembrou que eles eram crianças, ela sempre pedia para a baba do Henry ficar um dia com eles, desaparecia, quando ficaram maiores, pensavam que ela tinha alguma aventura, nunca falou a respeito.

Voltou nesse dia um pouco descomposta, no dia seguinte foi ao escritório do pai do Henry, apareceu mais calma, se colocou a trabalhar, agora o fazia lentamente, podia levar semanas num quadro.   Justamente quando fazia sua nova exposição, a encontrou sentada na sua cadeira de descanso, com a cabeça sobre o peito, tinha morrido silenciosamente.

Seu enterro foi concorrido, ele teve que vestir, porque Henry insistiu, de novo uma roupa negra, odiava isso.  Nunca imaginou que no enterro tivesse tanta gente.  Muitos vinham falar com ele, inclusive a mulher que vendia as esculturas, estava ali, chorava muito, tinha um lenço na mão.

Quem falou na cerimônia, primeiro foi o pai do Henry, que para ele foi uma surpresa, confessava que sempre a tinha amado, mas que para ela, ele não passava de um amigo querido.

Depois ele falou, se lembrando sua infância, ali deitado no chão, desenhando à sua maneira o que a via pintar.

Ele já tinha apesar de sua pouca idade, um nome, tinha uma maneira muito especial de pintar, segundo os críticos, que pintar estava no seu sangue.

Dias depois foi a leitura do testamento, ela lhe deixava a casa, bem como dinheiro no banco, o que era bastante, principalmente para ele, o banco pagava os impostos da casa, que ele não se preocupasse.   Deixou um envelope imenso, que lhe deu o pai do Henry, bem como a chave do seu quarto, nunca entenderia por que ela tinha essa mania, principalmente depois da historia da caixa de esculturas.

Foi para casa com o Henry, segundo seu pai, tocava a ele, agora apoiar o amigo.

Quando abriu o envelope grande, primeiro tinha uma carta, depois num outro embrulho, ele deduziu que era como um arquivo.

Na carta ela dizia que eles nunca tinha perguntado pelo pai, ele estava vivo, num presidio, com uma condena perpetua.   Ele encontraria explicações no arquivo. 

Meu filho, os dois saíram mais a ele que a mim, principalmente tu, com esses cabelos como se fosse saído de furacão, sei que serás um grande artista.   Teu pai, foi o único homem que amei em minha vida, ele me incentivou a ir em frente sempre, quando fui ficando famosa, me proibiu de ir visita-lo, as vezes que tentei, ele não me recebeu.   A última vez que o vi, o pai do Henry me levou, agora esta velho, cansado, doente as vezes, se puderes vá visita-lo.

Sei que ele vai adorar, sempre mandei para ele todas as reportagens críticas que saíram ao teu respeito.   Ele tinha tudo para ser um grande escultor, mas as coisas torceram, assumiu a culpa de outras pessoas a quem queria muito.

Passou a carta ao Henry, este disse que sempre tinha desconfiado que o pai seguia vivo, mas não adiantava perguntar a ela, que nunca respondia, ao contrário ficava de mal humor.

Coitado do meu irmão, morreu sem saber que tinha um pai na verdade.

Para ele, primeiro foi um choque, ao ver uma fotografia do pai, era igual a ele, com os mesmos cabelos, ficou segurando sem ler o texto, rindo, parecia se ver num espelho.

Depois leu tudo sobre seu processo, ia passando ao Henry os pedaços de jornal.  Este disse tenho um amigo que trabalha na Scotland Yard, vou pedir o processo para dar uma olhada.

Agora sabia aonde estava seu pai, pediu licença para vê-lo.

Foi uma emoção imensa, parecia se ver mais velho, pois ele era assombroso, só que tinha os cabelos todo branco, mas como o dele.

Sem que o outro esperasse, o abraçou, o deixou ficar chorando no seu ombro, já sabia da morte de sua mãe, porque o pai do Henry, lhe tinha comunicado.

Depois se sentaram de mãos dadas, volta e meia chorava.

Perguntou como ela tinha morrido.

Em paz disse ele, tinha terminado mais um quadro, creio que se sentou para descansar, abaixou a cabeça morreu, usávamos o mesmo studio, mas eu estava de costa para ela, não vi nada.

Escutei um grande suspiro, que dava quando terminava algum trabalho, agora os fazia mais devagar, mas tudo como sempre era com muita alma, como ela dizia.

Me fala do senhor.

Esperou muitas reclamações, mas o que escutou, foi uma espécie de “o que posso fazer, ir vivendo”.

Agora ia todas as semanas visita-lo.  Henry estava revendo todo o processo, tinha sido acusado de um atentado, o único que tinham ao acusa-lo, era um dedo seu numa garrafa de coquetel Molotov, não deixaram apresentar nenhuma testemunhas, inclusive sua mãe, os policiais a tinham interrogado, ela dizia que ele estava com ela em Londres, olhando um lugar para ela trabalhar.    Não a chamaram para depor, queriam acabar com o caso rapidamente.

Tanto remexeu o Henry, que conseguiram reabrir o caso, justo nesse tempo, descobriu que o pai tinha um câncer sem tratamento.  Tinham demorado para descobrir.

O levou para sua casa, cuidou dele, retirou da caixa todas suas esculturas, as arrumou numa estante no quarto de sua mãe, cuidou dele com carinho.

As vezes o pegava com uma foto dela na mão, chorava de mansinho.

Agora conversava muito com o Henry, este trouxe um outro advogado, para fazerem seu testamento, além de seus últimos desejos.

Aproveitou um ano, a presença do pai, as vezes acabava dormindo na cama grande, pois começavam a conversar, ele dormia, via que o pai o arrumava na cama. Ficava feliz, não podia comentar com o Henry, que o Max ia adorar isso.

Agora sabia por que se chamava Otto, seu pai lhe contou tudo sobre a sua família. Todos tinham esse nome, a várias gerações, para não se esquecer que eram descendentes de alemães.

Quando morreu, além deles, só apareceu um homem, tinha sido seu companheiro de cela durante muitos anos.  Quando conversou com o homem, esse disse que vivia num lugar para ex-convicto, que lamentava muito a morte dele, tua mãe quando ia visita-lo, levava as fotos recentes deles, para que fosse acompanhando o crescimento dos filhos.

Ele achou que nunca sairia dali. 

Perguntou se o homem necessitava de alguma coisa.

Vejo que eres como ele, te agradeço, mas estou esperando um visto para ir para Africa do sul, aonde vive um resto de familiares.

Qualquer coisa me procure, escreveu num papel, seu endereço.

Na leitura de testamento, ficou surpreso, lhe deixava vários locais em New Haven, que pertencia a Sussex, além de uma espécie de Mansão que estava na costa de Seaford, além de na mesma vila, algumas pequenas propriedades, mas que ele já tinha pedido ao Pai do Henry, que colocasse a gente que estava lá para fora.

Foi com Henry, primeiro ver as de New Haven, eram todas lojas, algumas estava vazias a muito tempo, outras alugadas, as pessoas diziam que depositavam o aluguel numa conta, que era gerida por um advogado.

Foram visita-lo, o mesmo levou um susto, pensou que era seu pai que entrava.  Andas igual a ele, a mesma maneira descontraída de se vestir.

Falou que já tinha pedido as pessoas que desocupassem a casa, são seus três amigos de toda a vida.   Não querem sair, sempre viveram no bem bom, usufruindo tudo que tinha sido de teu pai.

Foram falar com a polícia, estes soltaram que desconfiavam que tinham sido eles os do atentado, mas sempre se negara a depor a favor de seu pai.

O senhor podia providenciar o despejo dessa gente.  Agora entendia o que seu pai falava da decepção que tinha tido com os que considerava como irmãos.

Foi com a policia até lá, ficaram assustado quando o viram, claro o confundiam com seu pai, o chamavam de Otto, um deles chorava, dizendo que o perdoasse.  Mas a surpresa foi encontrar lá a mulher que tinha ido ao enterro de sua mãe, a mesma que vendia coisas de seu pai.

Confessou que tinham vendido basicamente todas suas obras de arte.  Ela era a que estava melhor da cabeça.  O levou até aonde eram as cavalariças, aqui era o ateliê de teu pai, criava muita coisa em metal, mostrou um arquivo cheio de desenhos.  Eu mantenho isso fechado, porque senão esses dois teriam vendido tudo.  Nunca trabalharam na vida, viviam do conto do vigário.  Foram eles que jogaram o coquetel molotov numa loja, numas protestas em Brighton, como não puderam escapar, as vitimas morreram, nunca me deixaram declarar, diziam que eu era uma ignorante.   Mas como as garrafas eram daqui, tinham as impressões digitais de teu pai.

Ele agora poderia limpar o nome dele.   O fez com um grande escândalo, exigindo as autoridades, que procurassem o fiscal, além do juiz do caso.

Um já tinha morrido, o outro vivia numa residência muito fina.  Fez um escândalo de fazer gosto.

Os dois homens foram acabar seus dias na prisão.   Ela ele arrumou uma casa de maiores para viver.

Contou a história das duas, elas eram dali de Seaford, teu pai vinha com esses seus amigos de sempre de Londres, ficou louco quando conheceu tua mãe, viu os trabalhos dela de pintura, a incentivou a ir para Londres, realmente eles estavam lá quando tudo aconteceu, esses dois estavam bêbados, quando jogaram o coquetel molotov, fugiram com o rabo entre as pernas, desapareceram durante o tempo do processo, depois apareceram livres, leves soltos por aqui. Diziam que tinha uma autorização de teu pai para viverem aqui.

Tinham era um conluio com o advogado, para ficarem aqui, sempre.   Como tua mãe, mudou de nome, nunca puderam encontrá-la.  Quando os encontrei em Portobello, nunca disse para eles, que a tinha encontrado.

Nunca foram visitar o amigo na cadeia, nem se interessaram como viviam, tinham uma inveja dele impressionante.

Ele primeiro mandou restaurar a casa, depois, restaurou o lugar que seu pai trabalhava, a senhora tinha escondido muitas obras dele.

Um dia Henry que não saia do seu lado, disse que ia contar ao pai que não podia seguir trabalhando com ele, odiava isso.

O fez num dia que o velho veio passar um final de semana ali.   Este riu muito, como sempre os filhos pagando os pecados do pai.   Eu também sempre odiei, ter que seguir o caminho do meu pai, que alegava que isso era uma tradição.

Pediu perdão ao filho.

Henry ficou morando ali com ele, num dos locais, o maior em New Haven, abriu uma loja de antiguidades.   Viajava por todas a vilas comprando moveis antigos, que ele mesmo restaurava.

Ele durante o primeiro tempo, começou a olhar os desenhos do pai, descobriu que muitas tinham uma marca, era para dizer que tinha desenhado, mas não executado.

As resolveu fazer em tamanho grande, algumas fazia em barro, para fazer o molde, depois fazia em bronze.  Tinha modernizado o lugar, agora tinha também um forno.

De vez em quando o policial, que era de outro lugar do pais, vinha ali, para saber que estava tudo em ordem. 

Henry ria, dizendo, ele vem para te ver, isso sim.

O convidavam para ficar para almoçar, ou jantar, até que um dia o mesmo se arriscou.

Ele já tinha se acostumado, com ele ali no studio, as vezes o pegava com um livro na mão, algum que era antigo, do Max.   Henry tinha feito questão de trazer todos seus livros, completava com algum que algum cliente trazia para ele.

Os putos amigos de seu pai, tinham vendido toda a biblioteca da casa, por isso, foram colocando esses.

George Bronson, adorava ler, se via que estava apaixonado, mas tinha muita vergonha de reconhecer.   Um dia lhe contou que tinha sido casado, com uma amiga de infância, ela me dizia que eu me comportava na cama, como um colegial.   Isso me frustrou muito, me fechei a relacionamentos.   No dia que entraste na delegacia, me apaixonei por ti, contou isso no dia que lhe deu o primeiro beijo.

Ele ao contrário confessou que nunca tinha amado ninguém, que gostava demais dele ali.

Acabou despedindo o advogado, quando levantaram tudo que o mesmo tinha escondido.

Acabou virando seu administrador, George recuperou as lojas que estavam vazias, as arrumava, a colocava para alugar, mesmo as da vila.

Fazia questão sempre de prestar contas para ele.

Quando o pai do Henry resolveu se aposentar, veio viver com eles, dizia que se sentia remoçado, fazia largos passeios com o filho, o ajudava na loja, quando este tinha que ir a algum lugar visitar clientes, ou comprar algum moveis.

Henry levou anos para se apaixonar de novo, tinha um ajudante que adorava recuperar moveis, era um rapaz tímido, levaram anos, a se abrirem um com o outro.

Agora era uma casa só de homens, cada um tinha sua tarefa, limpar, vinha uma empresa todos os meses, Otto odiava limpar janelas, dizia que não tinha tempo para olhar por elas.

Quando fez uma exposição de esculturas dedicada ao pai, na entrevista, falou que tinha descoberto os desenhos do mesmo, os que estavam marcados de uma determinada maneira, ele não tinha executado, as fiz claro a minha maneira.  Agora tem minha marca Otto Hoch.

 

 

 

 

 

 

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